quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Uma eleição Histórica




Em Eleições nos Estados Unidos nunca se viu tanta gente querendo votar como nesta terça-feira 04 de novembro de 2008. Ontem foi um dia histórico para o povo estadunidense, principalmente para os afro-americanos. Pela manhã longas filas se formavam no bairro do Harlem em New York,e pessoas esperavam ansiosas para vivenciar o dia sonhado por Martim lute King, na fila para votar muitos tinham consciência que este dia seria vitorioso mesmo que Barack Obama não tivesse logrado êxito nas urnas,a nação negra americana já se sentia vitoriosa só em ter um irmão que chegara onde Obana chegou.
E o sinal de um novo tempo se deu em vários Estados dos E.U.A., nas longas filas formadas, para vota em Obama não só haviam afro-americanos,latino-americanos,asiáticos descendentes,...Haviam também muitos saxão-americanos,digo brancos orgulhosos de estarem votando pela primeira vez num negro americano.A nação que já foi a mais intolerante em questões raciais do Ocidente depois da África do Sul dos tenebrosos tempos de Apartheid.Agora vive o apogeu histórico de um povo.
Um dia, um grande americano negro previu este momento glorioso, Martin Luther King: “Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter.
Este sonho ontem tornou-se uma realidade! O Democrata barak Obama é hoje o primeiro presidente negro da América, e isto, definiu este momento como impa na história deste país sem nome,e multe racial.
Obaba, um filho de um Queniano e uma estadunidense branca, senador por Illinois aos 47 anos de idade, chega à Casa Branca. Esta vitória tem uma conotação maior, passa a ser a vitória de todos os afro-americanos por seu direitos civis. E acima de tudo, passa a ser o triunfo da democracia e do sonho americano tão defendido por nobres homens como Abraham Lincoln que mesmo sendo republicano sonhava com um Estados Unidos de todos os americanos, sonho este que vinha sendo sepultado pelos famigerados republicanos dos últimos decénios. Mas agora esse nobre sonho se torna realidade.





Prof. José Cícero Gomes

sábado, 9 de agosto de 2008

A colonização da região do Madeira & Guaporé.

Prof. José cícero Gomes

O primeiro núcleo de povoamento colonial na Amazônia equatorial iniciou-se pelo vale do rio Madeira com o estabelecimento de missões religiosas jesuítas, com o intuito de catequizar e pacificar os nativos para facilitar a conquista e a ocupação da região. Dentre os muitos religiosos de destaque da Companhia de Jesus, na região do Madeira, sobressai o Padre João de Sampaio que, em 1728, por ter fundado um núcleo de povoamento entre a cachoeira de santo Antônio e a foz do Jamarí. Mas este aldeamento foi impiedosamente atacado pelos Mura, os nativos que ofereciam mais resistência a presença dos invasores. Daí a fama de ferozes, o terror do Madeira. No entanto a presença jesuítica no Caiari (rio Madeira) é mais antiga. Entre 1669 a 1672 os Padre Manoel e Garzoni fundaram um aldeamento na foz do Madeira na ilha de Tupinambarana, localidade que deu origem à Parintins. Na no passo que a catequese ia se concretizando ao longo do Madeira, as possibilidades de ocupação vão se tornando real. A região era riquíssima em drogas do sertão e, acima de tudo em cacau.

O Tratado de Madri
A partilha das terras da floresta sub-equatorial à Espanha e Portugal na América do sul gerou polêmicas que acabaram em altercações e conflitos durante boa parte da história colonial da região.
O Tratado de Tordesilhas – oficialmente demarcador das fronteiras entre Espanha e Portugal – nunca foi totalmente respeitado pelos sertanistas, mineradores e aventureiros portugueses e luso-brasileiros, em sua grande maioria paulistas, sendo portanto substituído pelo Tratado de Madrid, assinado na capital espanhola a 13 de janeiro de 1750, entre os reis de Portugal e da Espanha.Este tratado tornou-se responsável por determinar os limites entre as duas colônias sul-americanas, acabando definitivamente com a ameaça de um conflito armados entre portugueses e espanhóis.O Tratado de Madrid foi preparado cuidadosamente a partir do Mapa das Cortes, favorecendo a colônia portuguesa e aos seus colonos em prejuízo aos direitos dos espanhóis. Os diplomatas portugueses eram muito habilidosos nas negociações e basearam-se no princípio do ”Uti Possidetis” – direito de posse – para definir como se daria as divisões territoriais, trabalharam bem também para a vitória da coroa portuguesa. Pelo “Uti Possidetis” a terra deveria ser daquela nação que conseguisse ocupa a terra em litígio, e já se encontrassem estabelecidos nela, com a descoberta do ouro no Guaporé foi possível as autoridades portuguesas atraírem uma população considerável para a região e garantir definitivamente a posse da região com a chegada de Dom Antônio Roulim de Moura Tavares. Graças aos bandeirantes e ao Tratado de Madrid que legitimou as conquistas e a posse de áreas supostamente espanhola, os portugueses puderam se firmar no grande território que hoje forma o Brasil. O Tratado de Madrid estabeleceu que o limite da fronteira entre os domínios espanhóis e portugueses se daria a partir do ponto mediano entre a embocadura do Rio Madeira e a foz do Rio Mamoré, sempre seguindo em linha reta até visualizar a margem do Rio Javari. Surgia uma linha imaginária que futuramente geraria muitas discórdias.Por este tratado Portugal foi obrigado a ceder a Colônia do Sacramento ao estuário da Prata, mas em compensação recebeu os atuais estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, o atual Mato Grosso do Sul, a gigantesca área que ficava no alto Paraguai e mais algumas extensões de terras abandonadas, também adquiridas através de negociações. O tratado estabeleceu que a paz sempre reinaria entre as colônias, até quando as capitais das províncias se encontrassem em guerra; a Capital brasileira foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro; a posse da Amazônia foi cedida para Portugal e o Rio Uruguai foi escolhido como fronteira entre o Brasil e a Argentina.O Tratado de Madrid foi importante para o Brasil porque definiu aproximadamente o contorno geográfico do Brasil hoje.

terça-feira, 29 de julho de 2008

História regional

A construção da Estrada de Ferro Madeira - mamoré



No crepúsculo do século XIX, a república da Bolívia buscava ansiosamente uma solução para a perda de seu território litorâneo na costa do pacífico para o Chile, a fim de ter como escoar sua produção para os países compradores. Na fronteira noroeste boliviana, o nosso Caiari ( o velho Madeira ) seria uma solução que já estava sendo usada como corredor de importação e exportação. Navegando pelas rotas fluviais do Beni e Madre de Dios, pertecente ao território boliviano, e adentrando na fronteira nas vias fluviais brasileiras ( Guaporé e Madeira ), atingia-se o rio madeira e, ao superar as quedas d'água deste último, navegava-se em direção ao rio Amazinas e dai ao Oceano Atlântico.
O constante perigo em superar as cachoeiras do rio Madeira, que ocasionava percas de vidas humanas e prejuisos de natureza material, levou à uma discussão de propostas que viessem a facilitar o transporte naquele techo do rio. Assim, Quentin Quevedo, que desceu o rio madeira em 1861 a serviço da república boliviana, surgeriu a sua canalização ou a construção de uma ferrovia entre as cacheiras de Guajará-Mirim e santo Antônio. Também o engenheiro João Martins da Silva Coutinho que surgeriu ao governo da provícia do Amazonas a construção de uma ferrovia que ligasse o rio Madeira ao rio Mamoré.
Em função de varias necessidades, tanto do Brasil quanto da Bolívia, foi criado em 1871, sob a direção de George Earl Church, a Madeira - Mamoré Railway co. Ltda., Diviculdades diversas provocaram a desistência da empreitada da construção de construção da ferrovia pela empresa Public Works, firma contratada por George Church, em 1871. Naquele mesmo ano foi contratada a firma estadunidense P. & T. Collins, do estado da Filadélfia nos EUA, que contatou serviços de trabalhadores especializados e não especializados, de diversas partes do mundo, envindo-os para Santo Antônio. No entanto, divido a enúmeros fatores, a empresa P. & T. Collins também abandonou a obra em 1879, após ter assentado apenas 7 Km de trilhos.
As duas comissões enviadas pelo Governo de Pedro II, uma em 1883, comandada pelo engenheiro Carlos Morsing que ficou em Santo Antônio durante seis meses e outra em 1884 comandada pelo engenheiro Júlio Pinkas, terminaram também desastrosamente.
A questão acreana(1899-1902), já num contexto republicano. Foi resolvida através do tratado de Petrópolis, litigio entre Brasil e bolívia( 17/11/1903), retomou à discussão da construção da ferrovia Madeira-mamoré. As obras foram reiniciadas em 1907, após a concessão para a construção da EFMM ter sido vendida pelo engenheiro Joarquim catramby para o estadunidese Percival Farquhar, que fundou a Madeira-Railway Company, subsidiária da Brasil railway Company. Em 1907 chega a Santo Antônio a empreitera May, Jackyll & Randoph co. Ltda. que deu inicio as obras tantas e concluindo-as em 1912.

Introdução a História de Rondônia







É imprescindével a construção coletiva de uma nova proposta de sociedade humana. O ensino de história de Rondônia no ensino médio regular ou EJA, se faz necessário pela sua propriedade e abrangência sócio-política que é capaz de produzir opiniões e transformações de natureza social. Por ser tão imprescindível, o ensino de história de Rondônia e da Amazônia, é também uma tarefa para pessoas que tem os pés no chão e a cabeça nas estrelas, e não se conformam em serem apenas passageros da história, mas buscam ser condutores de sua própria história e formadores de novos condutores.



J. Cícero Gomes